quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Na Paraíba

A gente no extremo oriental do Brasil

Depois de uma semana não só estressante, mas tensa chegou o final de semana e com ele uma viagem há muito programada. Destino: João Pessoa. Acho que nunca gostei tanto de ir a um lugar como a Capital da Paraíba. Já conhecia a cidade, mas dessa vez, talvez por força das circunstâncias, me encantei de vez.

Tudo é tão bonito, tão limpo, civilizado. Dois dias inteiros sem ninguém chegar junto e pedir uma esmola. Dois dias inteirinhos sem pedintes nos semáforos, sem os flanelinhas. DOIS DIAS sem tensão. Juro, me pareceu um sonho.
Não fosse pelo clima, ia jurar estar numa cidade européia. Não ouvi buzinas e, pasmem, os motoristas param nas faixas de pedestres quando alguém precisa atravessar a rua!!! E ninguém buzina!!!
É isso: João Pessoa virou meu sonho de consumo, meu paraíso dourado.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Terror em Recife

19h:55 – Avenida de uma grande cidade.

No carro, um casal conversa sobre um bárbaro crime cometido contra um jovem de 21 anos.

De repente, disparos, muitos, bem a frente dos dois. Na faixa contrária da rua, uma moto parada e dois homens, um deles aponta um revólver calibre 38 em direção a um cidadão que parecia querer atravessar a via. Não deu tempo, os disparos foram à queima roupa, rápidos, certeiros. O corpo, que há tão pouco tinha tanta vida, cai, desaba sobre o asfalto frio.

Do carro, a moça pode ver todos os detalhes. O fogo da pólvora disparada, na “boca” da arma, as mãos firmes de um assassino, a frieza do piloto da moto, o corpo caindo, meio em câmera lenta, meio despencando em sua frente. Sente, como a batida do coração, o freio do carro, o desvio da direção para não atropelar aquela pessoa baleada e o som dos disparos, que continuam. Olha para frente, enxerga pista livre e grita “Amor, acelera!”.

Ainda sem conseguir pensar, a moça pega o telefone e liga para o 190 relatando tudo o que aconteceu. Quando pensou que teria que esperar minutos longos, alguém atendeu e ela relatou tudo o que presenciara. Exatos onze minutos depois alguém que se identificou como tenente do corpo de bombeiros ligou para confirmar o fato e a exata localização para enviar o socorro. Novos relatos e um choro compulsivo.

Afinal, que diabos de cidade é essa em que uma pessoa sai do trabalho e dá de cara com um assassinato? Assim, simples, normal, corriqueiro?!? Qual a possibilidade de alguém presenciar alguém matando... alguém? Acreditem, é algo totalmente irreal, inenarrável, assustador, chocante, revoltante... Diferente de tudo o que se possa ser dito ou visto. O cinema é ficção, as fotos dos jornais ou imagens da tv têm o verbo no passado, “morreu”, “foi assassinado”. Diferente é esse verbo no presente, é estar na cena do crime.

A pessoa que vi ser assassinada, na Avenida Norte, Recife, na segunda feira, 20 de novembro de 2006, era comerciante, tinha 36 anos e se chamava Luiz Antônio do Nascimento. Ele ainda chegou a ser socorrido para o Hospital da Restauração, mas não resistiu e morreu.Infelizmente não faço idéia de quem foram seus assassinos, nem o motivo (se é que se existe motivo pra isso) do crime. Mas sei que a violência chegou a tal ponto que é impossível continuarmos, como ouvi tanto essa semana, dizendo “é assim mesmo”, “acontece toda hora”, “não podemos fazer nada”.



Infelizmente, esse é um relato real. Eu e Adônis saímos, graça a Deus, ilesos dessa. E estamos nos esforçando para apagar a cena da cabeça e continuar a ter uma vida “normal”.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Resumo

" É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus, pra dizer jamais?"

terça-feira, 21 de novembro de 2006

...

"O que vale no ser humano é a sua capacidade de insatisfação."
José Ortega y Garret

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Desabafo

Seguinte: se não infartar hoje, não infarto nunca mais. Ôh tarde estressante!

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Já é Natal!!!


Eu simplesmente A-DO-RO o Natal. É uma época que me deixa feliz, cheia de esperanças e de idéias. É a época do ano em que mais escrevo, fico até com pena de quem se dispõe a ler minhas loucuras. Enfim...
Hoje me enchi de alegria quando entrei no shopping e me deparei com toda aquela decoração. Muitas árvores de natal, Papai Noel pra tudo que é canto e muitas, muitas luzes brilhando mesmo. Lindooooooo. Sei que estou sendo meio idiota, mas que posso fazer????
Lembro tanto da infância quando meus pais cruzavam toda a cidade comigo apenas para me mostrar a decoração do Shopping Recife, o único que havia na cidade na época. Eu ficava encantada, deslumbrada, feliz. Um pouco dessas sensações me acompanham até hoje. Nessa época do ano, eu costumava a contar quantos "natais" encontrava pelo caminho. Jogava com meu pai. Ele contava as iluminações no lado esquerdo e eu contava as do lado direito. E no final havia o vencedor.
Acho que gosto tanto do natal por isso, porque trago boas lembranças. Adoro o clima de confraternização, de visitas, telefonemas, planos, presentes. Já estou louca para montar a árvore e de comprar todos os presentes que a fala de emprego me impediram de comprar no ano passado. IUPEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!

sábado, 11 de novembro de 2006

http://www.8p.com.br/laura

Apesar de não ser detalhista, adoro ver fotos. É legal o registro de uma época da vida, de uma fase, de acontecimentos imporantes ou até mesmo de detalhes bobos do dia a dia. Hoje, temos com um click acesso aos albuns virtuais. Práticos, resistentes e acesso público. Depois de uma certa resistência e de testar sigilosamente alguns fotologs, encontrei um que gostei e finalmente sucumbi a mais essa da tecnologia virtual: criei um "flog". Não que eu espere que você o comente ou mesmo que vá lá olhar, mas... aqui vai o link: http://www.8p.com.br/laura

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Tá na Clube, Tá bom demais.

Eu ando sofrendo uma pressão danada da família para fazer um concurso público. "É mais seguro, o salário é melhor, não dependo dos outros", blá, blá, blá. Sei de tudo isso e não tenho como contestar a veracidade dos argumentos. É fato. Mas não é o que eu quero. Pelo menos nesse momento da minha vida.


Sei que a pressão aumentou muito depois do curso de direito, mas essa semana me dei conta que passei cinco anos na faculdade muito mais pra agradar do que porque realmente queria. Foi bom e não me arrependo. Para um jornalista todo conhecimento adquirido é lucro, na verdade para qualquer ser humano. Gostei do curso, adorei algumas pessoas que conheci, agucei - e muito - meu censo crítico, aprendi tanto sobre direito e cidadania que, só por isso, já teria valido a pena.


Mas, definitivamente o mundo do direito não me pertence. E isso eu posso falar. Além de ter convivido diariamente com o assunto e com pessoas da área, durante o curso inteiro meu único trabalho foi na assessoria de imprensa da Escola Superior da Magistratura de Pernambuco, a Esmape (onde até hoje trabalho). Fiquei quase quatro anos completamente afastada de jornalistas e da redação. Fiz alguns poucos amigos na faculdade porque na maior parte do tempo me sentia um peixe fora d´água. Coisa de afinidade mesmo.


Terminei a faculdade e me recusei a passar no exame da OAB. Não toquei num livro, não procurei saber se quer o período de inscrição e por duas vezes quase perdi o prazo (fiz no último dia). Na verdade eu simplesmente não queria passar com medo que isso me afastasse mais uma vez do jornalismo. Auto-boicote! Aff!!!


Trabalho das sete da manhã ao meio dia como assessora de imprensa da Esmape, trabalho nem sempre estimulante, especialmente por não conseguir conviver com as pessoas, mas isso é assunto para outro post. É lá também onde faço pós-graduação em direito civil e processo civil. Passo as aulas me perguntando que diabos estou fazendo ali. Fico olhando aquelas juízas tão novas e "poderosas", suas roupas da moda e seus acessórios carérrimos e penso que se tivesse sido um pouco mais inteligente nunca teria entrado nesse vício que é o jornalismo, não teria experimentado e, aos 22 anos, poderia ter me tornado juíza. Hoje, aos 31, poderia ter meu apartamento, meu carro de luxo, já conheceria a Europa e provavelmente já seria casada e mãe de um casal de filhos.


Não fiz isso. Entro muda e saio calada da sala de aula. Só abri a boca numa aula em que o professor de didática do ensino superior (por sinal a única cadeira que gostei até agora) obrigou a todos a se apresentarem e falar em que trabalhava. "Sou jornalista" foi a única coisa que consegui afirmar com certeza. O que eu pretendia com o curso, o que eu esperava da disciplina... Essas ficaram até hoje sem resposta. Na aula seguinte a única pessoa que fala comigo me disse: você é jornalista, não é? A pessoa com o perfil mais diferente da turma". Então, tive mesmo a certeza que aquilo ali não é o meu lugar.


Não casei (ainda), não conheço a Europa (ainda), (ainda) estou pagando meu carro - por sinal hoje paguei a 33ª parcela das 36 -, não comprei (ainda) meu apartamento, mas AMO o que faço, ADORO meu trabalho, faço com alegria mesmo não tendo um feriado de descanso, mesmo com os estresses do deadline, mesmo com os ataques de Eduardo*, mesmo com as 14 horas de trabalhos diárias para consegui ganhar o que ganha um servidor público de nível médio. Isso tudo é reflexo da escolha que fiz acertadamente há 13 anos.
Jornalista pobre, mas muito FELIZ.




* Eduardo é o Bandeira, editor e apresentador do Jornal da Clube, do qual também sou editora. Ele está de férias, mas já estou com saudades dele. "Brigamos" todos os dias, reclamo dele todos os dias, mas como ele mesmo antecipou "você vai sentir falta"...


** Tenho muito a agradecer a Ana Menezes, minha chefe desde estagiária e que me deu a oportunidade de voltar a atuar na área. Às vezes discordamos, mas a ela serei sempre leal e deixo aqui o registro do quanto admiro a pessoa que ela é. Aninha, muito obrigada!!!

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

O que mesmo eu ia escrever?

Eu definitivamente não sou uma pessoa normal. Tenho pensado em tantos, os mais variados assuntos para atualizar este blogue, desde "caixas eletrônicos" a "livros". Já cheguei ao ponto de acordar no meio da madrugada com uma frase pronta para iniciar o texto, já escrevi mentalmente e falei em voz alta enquanto dirigia... Mas, quando chego em frente ao computador... Tudo some! Vai embora a inspiração, esqueço até os temas. Será que sofro de alguma espécie de amnésia virtual? Óh my god!!!!!

sábado, 4 de novembro de 2006

Como é grande o meu amor por Adônis



Eu tenho tanto pra lhe falar,
mas com palavras não sei dizer,
Como é grande o meu amor por você
E não há nada pra comparar,
para poder te explicar,
Como é grande o meu amor por você
Nem mesmo o céu,
nem as estrelas,
nem mesmo o mar,
e o infinito,
Não é maior que o meu amor nem mais bonito
Me desespero a procurar,
alguma forma de lhe falar,
Como é grande o meu amor por você
Nunca se esqueça,
nem um segundo,
que eu tenho o amor maior do mundo
Como é grande o meu amor por você
Ah, como é grande o meu amor por você!!!