sexta-feira, 25 de abril de 2008

Apenas solidariedade

Às vezes eu tenho uns delírios loucos! Fui dormir ontem a noite pensando num texto para postar aqui. Tinha decidido que iria chutar o pau da barraca, abri o jogo, desabafar. Tudo porque ontem recebi mais uma notícia que me deixou chateada, mais uma vez chateada. Não, nada a ver comigo. Muito pelo contrário.

Demissões de colegas ou ex-colegas. Alguns até nem tão bons colegas assim, mas enfim não consigo ter raiva de ninguém. E por mais que a vida caminhe, por mais experiências que acumule eu não me conformo com injustiça e com falta de respeito. E isso não tem a ver com salários, com estabilidade, muito menos com amizade. Em empresas, especialmente as privadas, isso não existe.

Estou falando em DIGNIDADE! Aquele princípio básico a que todos os serem humanos têm direito e que é tão esquecido. Ela não tem limites, diz respeito a chefes e subordinados, não respeita posição hierárquica. Quer dizer, isso no meu fantástico mundo cor de rosa! E nesse meu mundo eu tenho o direito de ficar mais uma vez (e quantas mais eu quiser) INDIGNADA!

E eu sei que, mais cedo ou mais tarde, a vida dá uma volta grande. E nesses sopapos da vida quem está por cima cai e cai “bunito”, talvez apenas o resultado da plantação.

That is it!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Vivemos, vivemos, vivemos, somos hábeis em fingir ser tudo normal.
O trânsito descabido? Normal.
A fome do nosso semelhante? Normal.
A roubalheira de alguns muitos que tem poder? Normal.
Não almoçar porque tem de trabalhar? Normal.
Comprar uma bolsa que custa 50% do seu salário? Normal.
A falta de dignidade por não se ter um trabalho? Normal
A falta de dignidade por se viver de uma bolsa sei lá do quê assistencial? Normal.
Assistir com afinco a vida de outros com um "interesse comportamental" de como o ser humano reaje no confinamento? Normal.
Querer um atestado para " se encostar" por 10 dias em casa e não ter de ir trabalhar e quem sabe até poder viajar? Normal.
Ter taquicardia quando se está parado no sinal vermelho e passa um motoboy, possível assaltante? Normal.
Tratar seres humanos como animais e animais como seres humanos? Normal.
É revoltante a nossa capacidade de adaptação. E não se adaptar pode ser mais desgastante e inquietante do que se adaptar.
A segunda alternativa é mais árdua e perigosa.Pode custar a vida.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Em busca de mim mesma

Vivo correndo, vivo pensando que estou despistando o tempo.
Engano-me pensando que venço o tempo a cada tarefa que consigo cumprir.
A vida bruta e o mundo cão insistem em me fazer esquecer a menina que fui.
E a menina que ainda um dia serei.

PS: Quem é que eu era mesmo? Sei lá, fiquei assim hoje.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Eu só queria um pouco de paz. Ficar quietinha, fazer o meu e desejar que o mundo simplesmente me esqueça. Dá pra ser ou tá muito difícil?
Isto é tudo.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Virando o jogo

Se dessa vez eu não aprender, definitivamente eu não aprendo mais. Cansei da falta de caráter das pessoas, cansei do jogo sujo, cansei da canalhice, da falsidade, da desonestidade, da covardia das pessoas...

Eu juro - e quando digo isso não mudo mais - não confio em mais ninguém! Eu juro, não vou abrir espaço pra mais ninguém, não vou mais acreditar em ninguém. Quem conquistou seu espaço comigo, conquistou. E estou feliz com essas pessoas, a mim basta.
Não, não existe rancor, nem estou irada como essas palavras podem sugerir. Pelo contrário, estou bastante lúcida e com os pés fincados no chão. Mas chega de viver no mundo da fantasia onde todas as pessoas são boas. As pessoas são egoístas, desimuladas, interesseiras e más. Sim, o ser humano é mau. Isso é, infelizmente, fato. E as verdades existem, independente de você acreditar ou não nelas. E eu cansei de acreditar na boa fé.
Levei quase 20 anos pra levar a sério a frase de Humberto Gessinger: "Se te disseram pra não virar a mesa, se te disseram que o ataque é a pior defesa... Ouça o que eu digo, não ouça ninguém"
Senhoras e Senhores... Bem vindos ao jogo!