sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Conexões Idiotas


               Eu acho tão bonito quem escreve. Eu sinto um prazer tão inexplicável ao ler quem consegue materializar ideias, transformar simples palavras em obras de arte. E tenho que admitir: sinto um tantinho de inveja de quem consegue esse milagre.

               E sinto uma culpa por me aventurar a (re)escrever um blog. Volto sem nenhuma pretensão. É apenas bel-prazer. Sem compromisso com ninguém, apenas comigo. Sem assuntos preestabelecidos.

               Apesar de jornalista, nunca segui ou mesmo desenvolvi uma técnica para redigir.  Acho mesmo que os textos tem vida própria. Depois da primeira palavra rabiscada você não tem domínio sobre mais nada. É como a vida que segue seu rumo, muitas vezes sem muito sentido.

               Há poucos minutos acabei de ler palavras inspiradoras de um ídolo desde a adolescência – Humberto Gessinger, a saber -, levantei, me armei com um copo d´água e uma caneca de café e voltei para frente do computador com a cabeça fervilhando de ideias. Pois bem, nenhuma delas se materializou. Ah, quando digo que isso aqui tem vida própria...

               ... E olha que coisa maluca! Achei aqui o último disco do U2 que comprei desde o lançamento há (recorro ao google para ver que foi...) 3 anos. ( Já? Exatamente há 3 anos!) e que nunca ouvi. Abri a bela caixa e o que encontro junto ao cd dos irlandeses? O cd dos Engenheiros do Hawaii!! Bom, vou passar mais uns dias sem ouvir a voz do Bono...

               Essas conexões meio idiotas da vida me atraem. É que, definitivamente, não acredito em coincidências. Será que nossa vida, que a vida inteligente é um simples acaso?  “Eu posso estar completamente enganado, eu posso estar correndo para o lado errado, mas a dúvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza.”

               E a vida passa rápido demais. Desde o lançamento de Revolta dos Dândis lá se vão 25 anos. Já? E pra esse eu não precisei recorrer a sites de buscas. Descobri que é verdade que aquilo que aprendemos lá trás permanece, mas o que vimos há 5 minutos... Foi o que mesmo? Sim, a idade pesa. Mas, algumas coisas permanecem intactas, como a emoção de ouvir um antigo cd com músicas que retomam uma fase muito, muito feliz.