terça-feira, 12 de agosto de 2008

Dupla personalidade


As pessoas gostam da falsidade. Não, não é uma novidade. Mas uma constatação. Sempre pensei sobre isso, ainda que de forma lúdica. A vida inteira sofri por não ser falsa e, mais ainda, por ser transparente. Até me orgulhava disso. Tudo comigo é preto no branco. E não tem jeito. Política - eufenismo para falsidade - nunca consegui fazer. Ingenuamente acreditava que as pessoas deviam gostar disso, de saber quem é quem. Por outro lado, me recusei a moldar meu comportamento pela atitude de outros.

Resultado do meu nobre caráter? Lapada, caro amigo. Muitas lapadas. No meio disso, até demissão rolou. A minha chefe achava que por não ser puxa-saco não gostava dela. Uma pessoa insegura, com toda razão, é verdade cujo lema deve ser “quem não está comigo está contra mim”. Nem com isso aprendi.

A cobrança teve que vir de alguém muito próximo, já que ignorei por anos minha mãe me chamando de “chata”. Ok, vocês venceram, passo a ser a partir de hoje mais “simpática”, “sorridente”, “conversadora”, “agradável”. Ah... adoro essa coisa de ser “agradável”. Tô até me vendo, toda perua, sorriso congelado, conversando sobre as eleições presidenciais norte-americanas.

Coloquem a música que quiserem, vou dançar conforme o ritmo. Pelo amor de Deus, só não me coloquem brega porque aí é demais, até pra mim...

Beijos “FOFOS” ;)

Um comentário:

BETA FERNANDES disse...

SOCORRROOOOOO....

eu QUERO e preciso da minha amiga chatinha de volta...