Hoje li uma nota na coluna de Roberta Jugmann, do Jornal do Commércio, que me inspirou a escrever sobre uma coisa que há muito me incomoda: a poluição sonora no Recife. Eu nem sabia que a cidade é comparada a Lagos, na Nigéria – considerada a mais barulhenta do mundo. Conversando uma vez sobre o assunto com meu amigo Robero Holanda, ele disse: “Pra mim essa barulheira toda representa uma total falta de cidadania”.
E é a mais pura verdade. Os carros de som passeiam pela cidade a todo volume, sempre vendendo alguma besteira e em um português de deixar até jogador de futebol de cabelo em pé. E tem ainda os motoristas que usam a buzina como extensão da própria garganta. Nada me irrita mais que estar parada em um semáforo e ele mal abrir o carro atrás já buzinar. E em 99,99% o “apressadinho” sai tão rápido quanto uma tartaruga – com todo respeito a essas.
E as buzinas que os torcedores de futebol obrigam todos a ouvir, crentes que são “músicas”. Eu não sofria muito com isso porque morava numa rua residencial, onde a maioria dos passantes eram os próprios moradores, mas agora morando nos Aflitos e na rua do Estádio do Náutico... durante as 24 horas sou obrigada a ouvir essas pérolas. E o povo parece que é meiburro: os rubros-negros, por exemplo, acreditam que todos os alvirrubros moram dentro do Estádio, porque não é possível uma coisa dessas. E a buzina do Náutico também é ridícula! Ô povo sem noção!
Cada dia me convenço mais que educação é a basa da cidadania.
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