quinta-feira, 3 de julho de 2008

falta

Dei uma pausa no trabalho agora e meu pensamento voou longe. Meu Ayrton estaria com 48 anos, quase um cinquentão. Fiquei a imaginar como estaria seu rosto, quais rugas teria ganhado, que expressão teria, o que estaria fazendo, ainda faria parte da minha vida de forma tão intensa? Quais seriam suas opiniões sobre os fatos de hoje? Teria tido filhos? Quantos? Quais seriam seus nomes?

Que SAUDADE! Imensa, intensa, doída... E eu não consigo conter as lágrimas, o choro chega compulsivo, porém repreendido. E lá se vão longos 14 anos, dois meses e 3 dias.

A morte é cruel pelo rastro de vazio que deixa. A presença constante da ausência. O vácuo que se perpetua. O tempo é incapaz de apagar a dor, pelo contrário, às vezes aumenta. Aumenta à medida que todas aquelas perguntas ficam sem respostas. E ficarão pra sempre.

Resta-me, então, a lembrança.

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